Assentada, acentuou-se um desejo. Parecia-lhe suave, mas era grave, o acento. Gravidade, queda livre, livre aceitação. Sentiu-se só. Não solidão entre poeira e pó. Não o senso de descontentamento, insensatez no olhar, na tez. Desta vez, apenas uma lacuna na alma, fuga em calma.

Com a face refeita, reconstruída com rímeis e semblantes, mergulhou na noite, tomada pelo cetim que a envolvia, ausente de responsabilidades, contente com possibilidades.

Era a acentuação básica de textos reflexivos, versos ainda esperando encontrar suas rimas. Abastada com pensamentos que lhe roubavam a secura da pele, regavam-lhe certezas e poesias de um futuro de outrora onde ela, sempre ela, assentava-se sobre o trono onde você ousou, certo dia, ali estar.