Sonhos em coma. O medo já é rotina, como um ator principal. As gargalhadas estão ausentes da cena, cedo demais. Deveriam estar aqui. Poderiam estar. Um quinto, que fosse. De mãos dadas aos sonhos. Ainda que em silêncio. Ainda que carente de atenção. Onde foste parar, esperança? Por que não esperaste um pouco mais? Na sua ausência, chegou o tédio. Espalhou-se como gangrena. Esgotou um corpo. Carências e pele ressequida. Queria te ver. Eu poderia te ver. Te resgatar dos seus grilhões. Te trazer de volta a luz. Salvar-te de crônicas narrativas decadentes, para que possas me salvar. Sem você, esperança, pelo que devo esperar?
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Juliano, muito bom! Muito expressiva essa esperança. Um abraço
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a esperança é uma amiga imaginária.