– E aí?
– E aí?
– Fazendo?
– Nada.
– Também.
– Vai sair?
– Nem. Cansado pra burro.
– O que fez?
– Ah, sei lá. Fiz nada, não.
– Então tá cansado do quê?
– Sei lá. Dessa paradeira, deve ser.
– Então por que não sai?
– Porque tô cansado.
– Então sai que descansa.
– Ninguém sai pra descansar.
– Então fica em casa, caramba.
– Pô, mas isso cansa pra burro.
– Cara, tu fala umas coisas nada a ver.
– Tipo…?
– Tá cansado, mas não fez nada.
– E isso não cansa?
– Então descansa.
– E o que tô fazendo?
– Então não reclama.
– Quem tá reclamando?
– Tá, deixa quieto.
– E você? Vai sair?
– Nem.
– Por que?
– Ah, você me cansou.
Crédito Foto: Bobbi Dombrowski
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Uau! Como se encaixou perfeitamente a situação do meu dia-a-dia.
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Adorei!
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Não tão original e lindo quanto seu comentário. Obrigado pela visita!
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Qualquer semelhança é mera coincidência….Incrível como esse poema traduz um papo que poderia ser de qualquer um de nós…”
E, contudo, muito original. Lindo!
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putz, quase não escrevi de tão cansada…bomo, muito bom!