Na ruína, ele se contorce.
Nenhuma notificação no WhatsApp. Onde está a porcaria da tão esperada mensagem chegando?
Ele anseia que aqueles olhos negros subam, resplandeçam a poucos centímetros de sua mão, já agora posicionada na tela do celular, na longa espera sôfrega. E as horas latejam na sua cabeça cansada. E o peito retumba sangue coagulado e misérias destrutivas.
Ela costumava estar sempre ali. Primeiro, prolixa. Depois monossilábica. Por fim, calada. Hoje, sem nenhuma atualização de status. Sempre offline. Off-paixão. Off-vida. Será que foi bloqueado? Excluído? Pareceu um psicopata ao enchê-la de perguntas? Perdia não apenas a timidez no aplicativo de mensagens, mas também a noção e a sensação.
Escória, ele. Curva-se diante da ansiedade. Deixa-se flagelar pela espera infinita. Fosse ele digno, já teria excluído a imperatriz. Selecionar contato e excluir.
Aquilo que não nos completa, nos destrói.
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rs, descreveu tão bem essas esperas que nos pertubam, essa ansiedade que por fim, nos derrubam.