Tinha uma reunião marcada com os funcionários. Por causa da pandemia, usaria um aplicativo para reuniões online. Não se cansava de admirar as facilidades que novas tecnologias traziam para o ser humano.
Para convidar o time de colaboradores, começou a escrever um e-mail. Elaborou o convite com a maior precisão prolixa possível.
Mas, ao escrever sobre o formato online, bateu uma dúvida: como se escreve? É vídeo-conferência, vídeo conferência ou videoconferência?
Achava impossível escrever em bom português sem a ajuda de um corretor. E não estava acostumado a acompanhar atualizações das regras ortográficas.
Para evitar o risco de passar vergonha, recorreria ao Google.
Mas, para não perder o embalo, deixou para pesquisar depois de terminar o e-mail.
O problema é que quando terminou de escrever, esqueceu de pesquisar. E aí já era: clicou no botão “enviar” confiante de que estava tudo certo.
Minutos depois, bateu o desespero. Lembrou-se de que não conferira a ortografia da palavra. Os funcionários já tinham o costume de zombar dele pelas costas. Agora, teriam um motivo a mais para isso.
Em desespero, abriu o e-mail enviado – escrevera “videoconferência”. Acessou o Google e pesquisou. Para seu alívio, descobriu que não havia cometido erros. É videoconferência mesmo.
Ufa! Alívio total.
Fechou o e-mail e nem percebeu que havia convidado os colaboradores para uma “relnião”.