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5 Hábitos Que Diferenciam Escritores Profissionais dos Amadores

O que ele tem que eu não tenho? Se já se perguntou isso ao ler um escritor de sucesso, considere 5 hábitos que caracterizam os escritores profissionais

Você é um jovem escritor ou uma jovem autora e está ansioso de sair do terrível patamar do anonimato? Mais do que isso, quer que sua literatura tenha realmente qualidade e que possa figurar como uma recomendada obra para leitores de bom gosto?

Neste caso, é bom estar de olho nos profissionais. Mas, não pense que os escritores profissionais possuem algum truque mágico. Se pensava que existia algo neste sentido, então, más notícias, parceiro. Mas, vamos com calma…

Sim, existem hábitos e práticas que caracterizam o universo dos escritores profissionais e que os diferenciam dos simples amadores. E você pode aprender muito por analisar e colocar em prática os processos e conceitos utilizados por eles.

Vamos ver 5 hábitos que diferenciam autores profissionais de escritores amadores.

1. Escritores Profissionais Aprendem Sempre

Antes de se tornar um exímio escritor, é preciso percorrer a trilha do aprendizado. A grande questão é: será que um dia o escritor deixará de ser um aprendiz? Ernest Hemingway disse certa vez: “Somos todos aprendizes de uma arte em que ninguém se tornou mestre”.

Escritores profissionais estão sempre aprendendo coisas novas. Portanto, é preciso manter o olho atento naqueles que vieram antes de nós, e que deixaram suas marcas. É verdade que há escritores com um talento nato e que, simplesmente, despejam seus sentimentos sobre o papel, produzindo obras realmente interessantes. Mas o que colocará tal escritor para fora do campo do amadorismo será a disponibilidade (e humildade) em ampliar suas técnicas e conhecimentos. Para isso, ele precisa estar constantemente interessado em boas práticas sobre como escrever um livro.

2. Escritores Profissionais Têm Comprometimento

Amadores escrevem de forma aleatória. Escritores profissionais assumem um compromisso e escrevem diariamente. Esta prática é essencial para ajudá-lo a encontrar seu próprio estilo, e desenvolver sua capacidade de traduzir em palavras o que sente e pensa.

Talvez eu possa lhe dar uma sugestão. O que acha de tentar começar a escrever algo em torno de 300 palavras por dia, incluindo sábados e domingos? Isto é bem pouco, pra ser sincero. (Este artigo, por exemplo, tem cerca de 950 palavras, e o escrevi em um domingo a noite).

Dependendo do ritmo com que você digita, 300 palavras poderá ser muito. Neste caso, então, comece com menos. Com o tempo, poderá expandir o desafio para um número maior.

Os editores de texto utilizados pela maioria das pessoas possuem um contador de palavras na barra inferior. Desafie a si mesmo, e não pare de escrever até que o contador aponte o número de palavras que se comprometeu a escrever, diariamente.

Obviamente, haverá dias em que o imprevisto e outras obrigações não permitirão que atinja seu objetivo. De qualquer forma, este exercício é essencial para colocar você no mesmo patamar dos profissionais. Apenas para ter uma ideia, veja alguns famosos nomes da literatura e quantas palavras eles escrevem (escreviam) por dia:

Você pode ler mais algumas dicas sobre isso no artigo Escreva Todos os Dias.

3. Escritores Profissionais Têm Paciência

Sair do limbo onde você só é lido por você mesmo e por meia dúzia de amigos não costuma acontecer da noite para o dia. É preciso paciência para construir a ponte que o levará até o lado de lá. Há casos de autores que se tornaram best-sellers somente depois dos 40 anos, e (acredite) após terem escrito dezenas, muitas dezenas de obras.

Isto não significa que vamos adotar uma postura passiva, quase mórbida. Isto contrariaria todo o sentido do que estamos falando até aqui. O ideal é encarar a habilidade e a carreira de escritor como uma maratona, em vez de uma corrida de curta distância (sprint).

4. Escritores Profissionais Apreciam o Fracasso

Escritores amadores tem algo muito comum entre si: o medo do fracasso. Pode parecer ilógico pensar assim. Em um primeiro momento, não parece verdade que todos nós tememos o fracasso? Na verdade, não. Isso porque o fracasso é um grande aliado dos escritores e seus textos narrativos. Ele é um termômetro para avaliar o impacto que uma história ou estilo narrativo pode ter sobre o público-alvo.

Funciona mais ou menos como os botões de “Gostei” e “Não Gostei” no YouTube. Por meio destas métricas, grandes canais conseguem avaliar o impacto de cada vídeo produzido. É aquilo que os profissionais do ramo chamam de “insights” ou “feedbacks”, mostrando o que dá certo, e o que é um fracasso.

Da mesma forma, escritores profissionais apreciam o fracasso porque, com eles, conseguem entender melhor seu público e suas próprias habilidades, conseguindo assim avançar em suas carreiras.

Portanto, da próxima vez que sua obra ficar ruim, e muitas pessoas fizerem questão de deixar isso claro para você, eu quero ver um ‘sorrisão’ nesses lábios, combinado? Vai por mim: sinta-se agradecido.

5. Escritores Profissionais Se Preocupam Com Seu Legado

Como disse um autor, certa vez, é preciso se preocupar mais com o legado e menos com o ego. E isto é algo que costuma diferenciar escritores amadores dos profissionais. Os amadores estão preocupados somente com o agora. Querem que suas obras figurem nas estantes das livrarias, em listas de mais vendidos. Por outro lado, escritores profissionais estão mais preocupados com o longo prazo. Querem acreditar que aquilo que estão deixando para o mundo como seu legado poderá sobreviver ao longo das décadas, de modo que possam ainda ser lembrados daqui a 100 anos ou mais.

Assim, uma ótima conclusão para este post: os amadores estão mais preocupados em serem notados. Os profissionais, em serem lembrados.

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