Corrosiva

Crônicas corrosivas e gestos de amor

Author: Juliano Martinz (page 19 of 32)

AMOR CAPÍTULO UM

Calei-me ante silêncios de tua alma
Ventos tensos que se fazem seco ao mar
A voz da noite torpe que nos pede pra cessar
Empalhar sentimentos que jamais nos servirão
A algum propósito ou canto a ecoar.

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Os tipos de personagens mais comuns na literatura

Escritores de ficção passeiam pelo mundo de sua criatividade, suas mentes elétricas povoadas por uma variedade de personagens para seus contos e romances. O passo inicial que a maioria dá ao criar seus personagens é a elaboração de um protagonista e um antagonista (na vasta maioria das vezes, nesta ordem).

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Onde estão as chaves?

Eu duvidava que poderia me sentir livre, novamente. Nova mente. Bem nova, fresquinha, direta do forno. Confesso que duvidava. Dúvidas de homem disforme. Coisas que vem e vão numa mente metade confusa, metade caótica. Eu achei que assim poderia evoluir – um homem sem planos que cresce, e cresce, e cresce. Mas não consegui dar muitos passos. Nada além disto aqui. Essa pequenez. Essas paredes que sufocam e sufocam. Apenas cumpro as regras que me ditam. Não há muito o que dizer. Todo meu universo caberia em apenas uma linha. Com meus medos, acho, encheria um romance. Com meus traumas, talvez, eu consiga terminar este conto online.

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SUAVE SONHO DE UMA NOITE SEM FIM

Seus brinquedos empilhados em um canto da sala. Suas malas, seus restos, seu rosto no espelho manchado. Um sonho montado às pressas, frágil castelo com cartas marcadas do seu baralho. E ainda estou atrás de sua porta, tentando ouvir seus segredos. E ainda sigo seus passos, compondo canções com seus suspiros.

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SR. Google Pacheco

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Evite que suas personagens tenham a mesma voz

Como dar uma identidade única a cada uma das personagens de seu livro? Textos envolventes pedem personagens bastante diferentes

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Como escrever com estilo

O que é o Estilo Literário? Como você pode identificar e potencializar o seu estilo?

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O OTIMISTA E O PESSIMISTA

Um barzinho qualquer. Uma conversa qualquer, aquela que melhor convir.

– Droga de vida!

– Por que isso, cara?

– Ah, essa porcaria toda.

– Mas que porcaria?

– Essa estrumação onde vivo.

– Esse papo de novo? Não tem nada de tão ruim em sua vida.

– Ah, não? Quer que eu enumere?

– Cara, acho que você só reclama por reclamar. Tipo, você se acostumou com isso, e parece se sentir seguro com esta situação.

– Eu não me acostumei a reclamar. Mas acho que me acostumei a sofrer.

 

– Então, enumere.

– Quê?

– Você falou sobre enumerar a porcaria toda. Enumere.

– Ah, essa droga toda.

– Que droga, cara?

– Essa vida, esse fedor.

– Você está sendo evasivo.

– Meus dias, meu passado, meu futuro.

– Ainda evasivo.

– O que quer que eu diga?

– Seja específico.

– Ah, você não quer que eu enumere, quer?

– Quero, sim.

– Ok, ok, animadão. Olhe ao redor. Olhe isso. Olhou?

– Aham.

– Agora, olhe para mim. O que está vendo?

– Hum… Meu melhor amigo. Um cara bacana, engraçado, culto…

– Cale a boca. Você me deprime com esse papo cara.

– Isso se chama elogio sincero.

– Elogio, elogio. As pessoas precisam de elogios para ter coragem de enfrentar o dia seguinte, isso sim. Tipo, um combustível. Esse papo todo, balela.

– O que quer que eu diga?

– Quero que enumere o que há de ruim em mim.

– Não, senhor. Não mude o rumo das coisas. Quem vai enumerar é você.

– Ok, ok… Vamos lá. Tá preparado?

– Claro.

– Não vá chorar.

– Tenho certeza que não.

– Como pode ter tanta certeza?

– Para de enrolar e fale logo.

– Ok, ok. Primeiro: – Ergueu o dedo indicador. – Meu passado. Desde criança… Assim, desde molequinho mesmo. Catarrento e tudo mais. – Parou. Um instante. Uma reflexão. –  Fala a verdade: você me acha mesmo um cara bacana?

– O mais bacana que conheço.

– E esse papo todo de ser engraçado…

– Não é papo. Quem te conhece, sabe disso.

Baixou o dedo indicador. Começou a rir.

– Já te contei sobre o que aprontei naquelas férias com a turma, ano passado.

– Não.

– Não mesmo? Cara, foi show…

Viagem no Tempo

Tinha um dom único: viajar no tempo. Sem máquina, maquinaria, apetrechos ou afins. Um deslocar-se assustadoramente unidirecional: voltava no tempo. Jamais podia avançar no futuro. Descobriu o dom assim, do nada. Na juventude, 12 ou 13 anos, perdido entre lâminas afiadas do arrependimento, desejou voltar atrás e refazer tudo. Fechou os olhos, e de repente… estava lá. O mesmo corpo. A mesma cena. Um minuto antes. Tempo suficiente para desfazer a bobagem. Ou melhor ainda, nem sequer cometê-la.

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D’ARTAGNAN, O FILÓSOFO E A FESTA

D’Artagnan se propôs um pequeno desafio: dar apenas três passos em linha reta. Levando-se em consideração as latinhas de cerveja que secara naquela festa, desnecessário dizer que não foi bem-sucedido. Orgulhoso irredutível (e defensor absoluto dos incisivos porres diários), botou a culpa no salame: “Aquela porcaria tava estragada”.

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