Corrosiva

Crônicas corrosivas e gestos de amor

A Dúvida

Enquanto o avião perdia altitude, o cenário era de pânico absoluto.

Ele ouvia gritos e preces ao seu redor. Alguns tentavam ligar o celular desesperadamente, provavelmente uma tentativa de enviar uma última mensagem para familiares e amigos. Eu te amo, adeus, eu não deveria ter dito aquilo. Todas aquelas frases que passam pela cabeça quando se sabe que serão as últimas.

Da mesma forma, ele estava angustiado. A mesma angústia que o acompanhara desde o momento em que pegara o metrô, 3 horas atrás, rumo ao aeroporto.

Antes que o avião se partisse em milhares de pedaços, sua angústia se resumia em uma única e persistente pergunta:

— Será que eu desliguei o ferro de passar?


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16 Comments

  1. Leandro sampaio

    at

    ❤️❤️❤️❤️❤️

  2. Elisabeth Alves faria

    at

    Perfeito, amei simplesmente amei. Usei para fazer uma pregação em minha igreja

  3. Kássya Nascimento

    at

    Estou usando essa crônica para um trabalho de escola, essa crônica me representou!

    • Neyla

      at

      Nesse momento estou preparando uma aula e vou usar essa crônica.

  4. Nadyy

    at

    eu entendi a dúvida dele, apesar que ele estava preste a partir, mas se preocupou se sua casa pegasse fogo por causa do ferro, mesmo não citando o porque ele se preocupou com isso ou com era com a casa(citei casa por um lugar que poderia ter deixado o ferro ligado mesmo não ser citado na cronica), alias nunca se sabe o que pode acontecer com um ferro ligado 🤷‍♀️

  5. Juliana

    at

    Usei para fazer atividades com meus alunos! Obrigada!

  6. Francisca Neri

    at

    Maravilhosa.
    Sou professora e estava a procura de cronicas pequenas.
    Obrigada.

  7. Vera

    at

    Qual é o nome do personagem?

  8. William O. Costa

    at

    Haha! Muito bom mesmo! Me lembra bem as crônicas de Fernando Veríssimo.

  9. lilian

    at

    Muito boa crônica. Curta, leve e bem elaborada no final.

  10. moacir pereira de souza

    at

    Juliano, boa tarde!
    Vou tentar escrever à mão, mas acho difícil adaptar-me , pois há muito não faço isso. Ademais, minha letra é um desastre, às vezes nem eu consigo ler o que escrevo. Já publiquei dois romances e tenho uma série de crônicas que pretendo publicá-las. Ocorre que não consigo sair do meu estilo próprio de escrever romances. Por sinal, não distingo muito entre crônica e conto. Apesar dos elogios que venho recebendo de pessoas que lêem meus romances, não sei se estou no caminho certo. Sinto que escrevo estórias e não romances. Li tudo o que você já escreveu sobre literatura e me ajudou muito, por isso lhe agradeço!

  11. JV

    at

    Senti falta de uma descrição mais detalhada do cenário e de algumas características do personagem principal qu o levaram até aquele último pensamento tão inusitados, mas achei muito bom e divertido

  12. Roseli

    at

    Sensacional
    leve
    intrigante
    surpresa ao fim do texto

    • Gabriel

      at

      Quero uma cronica pra a escola

      • ELIANE FRANCHIN

        at

        eu escrevo uma crônica para vc GABRIEL do que vc quer só me diga o tema e me chame para conversar aqui esse o meu nome ELIANE FRANCHIN

        • Hillary

          at

          Eu preciso de uma crônica

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