– Alô.
– E aí!?
– Fala. Belê?
– Opa. Fazendo?
– Nada. Quartão escuro.
– Abre as janelas, pô.
– Nem. Mó calor lá fora. Se abrir a janela, ele entra.
– Pior.
– E você, tá fazendo o quê?
– Nada. Só aqui no papo com minha namorada.
– Quê?
– Minha namorada virtual.
– Eita, e nem me fala nada!?
– Ah, conheci ela hoje.
– Danadão. De onde ela é?
– Sei lá.
– Não sabe onde ela mora?
– Sei lá. Mora por aí, nesses cantos.
– Conheceu como?
– Ah, sabe como é. Nos Faces da vida. Únicos lugares onde eu consigo conversar.
– Massa.
– Mas tá batendo mó medão.
– Por quê?
– Ela falou que quer me conhecer pessoalmente.
– E…?
– Ah, complicado, né cara? Sair de casa, ir pra balada, cinema, monte de gente, essas coisas. Não me dou bem nesse meio. Você sabe.
– Não devia arrumar namorada então.
– Por isso arrumei uma virtual. Mas era pra ficar só nisso. Ela lá, eu cá. Daí vem a doida e começa a complicar a relação.
– Vai enrolando, oras.
– Sei lá, acho que está na hora de encarar meus problemas.
– Tipo…?
– Sei lá. Cansei de ser dominado pelo medo, de ser só um fantoche na mão da sociedade.
– Eita, tô te estranhando.
– Sério. Vou resolver isto agora.
– Vai fazer o quê?… Ow… Cadê você?
– Voltei. Pronto, resolvi tudo.
– Sério? Marcou encontro com ela?
– Não. Terminei o namoro.
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Esta de parfabéns realmente, entrei por um link deixado no orkut e estou curtindo muito tudo aqui no seu blog, já favoritei até :)
Um abraço
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Caramba! Juliano você escreve muito! Parabéns. Adoro acompanhar o seu blog.
Seus textos, suas palavras são maravilhosos!! Admiro muito vc :)
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Obrigado querida. Não sabes o bem que palavras assim fazem.