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3 Lições Aprendidas Com os Gatos Para Ser Um Bom Escritor

O olhar dele atravessa a sala e repousa em você. É a atenção que você tanto precisava. Você lhe retribui com um sorriso. Neste momento, ele faz uma cara tão inamistosa quanto de um javali mal-humorado, deixa de olhar para você e encontra algo muito mais estimulante para encarar: a parede

Os gatos são os animais de estimação que conseguem despertar os sentimentos mais opostos entre as pessoas. Há quem os ame por sua sinceridade. E outros que os achem arrogantes, inexpressivos e ingratos.

Independentemente de com qual grupo você mais se identifica, a verdade é que os gatos têm algo muito a ensinar aos jovens escritores.

Se está em processo literário, tal como escrever um livro, considere o que os gatos podem lhe ensinar.

Determinados e Estratégicos

Ok, determinação não é exclusividade dos gatos. Mas como o post é sobre eles, dá licença.

Quando os gatos querem algo, eles vão atrás do que querem. E escolhem sempre o caminho mais curto para isso. Se para chegar ao cômodo vizinho de forma mais rápida, ele precisar subir no sofá, pisar seu ombro e sua cabeça, ele assim o fará. Então, subitamente, no silêncio da noite, você tranquilamente assistindo TV, quando aquele maluco surge em um pulo súbito sobre seu corpo. Após o susto, você o percebe desaparecendo. Ele apenas queria evitar contornar o sofá e a mesinha de centro.

Esta é a característica que falta a muitos escritores amadores. Eles estabelecem um desafio: escrever um livro, escrever um conto ou uma autobiografia. No entanto, grande parte não consegue se apegar ao cronograma inicialmente estabelecido (alguns nem mesmo possuem um).

Portanto, aprenda com a determinação dos gatos. Estabeleça alvos (por exemplo, quanto ao número de palavras escritas por dia) e apegue-se a isto. Quando o conto ou romance que escreveu não sair como esperava, continue determinado: revise-o, reescreva-o. Persista até conseguir o que quer.

Não Se Importam Com Seu Protesto

De modo geral, eles não são muito propensos a levar em consideração o gosto do dono. Se estão perfeitamente acomodados em seu colo quando você precisa levantar, um olhar fulminante e pouco amistoso é o que você receberá em retorno. Ele não se importa muito sobre qual é a sua vontade. Você dificilmente os verá abaixando as orelhas, muito menos deitando de costas e expondo a barriga ao ouvir uma bronca.

Como escritores, temos histórias e personagens que povoam nossa mente e sentidos. Ao dar vida a estes seres, não podemos fazer questão de agradar a outros. Até porque será impossível agradar a todos.

O problema é que muitos jovens escritores têm dificuldades em iniciar ou concluir suas obras com receio de como outros vão reagir: se vão gostar ou não. Siga o exemplo dos gatos. Escreva suas histórias da forma como tem que ser. Se as pessoas não gostarem, devolva-lhes esse olhar:

Reis de Gatolândia

Gatos costumam passar grande parte de sua vida em uma dimensão paralela, inalcançável pela tecnologia humana. Seja se limpando, afiando as garras, dormindo, ou deixando seus pelos espalhados por todos os móveis, ele passa grande parte de sua vida em Gatolândia. Lá ele é o rei, o senhor da situação. Totalmente despreocupado. Independente, plenamente confortável com sua própria companhia, ele ignora o inteiro universo ao redor.

Como seres humanos, somos seres sociáveis. Mas a verdade é que escritores precisam de um tempo só para si mesmos. Aquele momento em que nos desligamos de tudo e vivemos na dimensão paralela da criatividade, onde tramas e enredos são desenvolvidos, e personagens ganham fôlego e intensidade.

Então, quando estiver só em seu quarto, não lamente sua situação. Mas aproveite este momento para ser rei ou rainha em seu mundo literário.

Portanto, futuros autores e futuras escritoras – deem detida consideração aos bichanos. Eles têm muito a lhes ensinar ao escrever seus livros, contos e autobiografias ou qualquer outra obra da literatura.

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