Menina no labirinto. Lábios conjugam movimentos. Um pedido de socorro. Mil vezes infinitivo. Seu desespero corre em suor pelo seu rosto. Gosto de sal, mal posto. Seus pés vacilam, pé ante pé a pé. Pela fé. Perdida, pede socorro. Ecoa a voz. Soa a sós. Ecoa… e ecoa… e ecoa…
Menino ator. Molda-se. Cria-se. Atua dor, amor, terror. Não a engana. Não a esgana. Perde-se, mas jura achar-se. E promete à menina perdida, a saída.
Menina no labirinto. Perdida. Agora, pedida. A mão dele estendida ao seu alcance. Oferece-se. Promete-lhe. Vida. Parte do céu. Segurança. Um véu.
Menino ator pega mão da menina no labirinto. Sorriem.
Ela. Sai do labirinto. Torna-se atriz. Vida. Um sentido. Segurança. E abandona menino ator.
Ele. Refugia-se no labirinto. E cobre o rosto com o véu da menina que hoje é parte do céu.
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