Testando… um, dois, três. Personagem no cume das atenções. Reciclado. Em teste. Ainda não habita, mas tenta se habituar. Personagem com 35 anos mal cumpridos abre a janela e é alvejado pelo Sol. Como um vampiro, sente sua pele arder. Há um cheiro de queimado no ar. Recicla-se. Novas ponderações. Vida tolhida. Restos colhidos. Ratos, baratas, flores. Hora da limpeza. Ainda é um teste. Ele não sabe se vai funcionar. Ele ainda vê o mundo pelo retrovisor – só percebe o que passou.
Testando… teste… Há alguém do lado de fora? Sinto intensidades, ouço batidas de coração – mas não ouço chamarem meu nome. Rugidos ou gemidos se confundem. Gritos que serpenteiam meus ouvidos. Mas são mensagens que perdem o calor e a clarividência no caminho. Alguém pode me ouvir? Testando, um, dois, três. Uma batida. Seria novamente o coração? O meu, o seu? O nosso bateria no mesmo compasso? Perco a orientação. Cedo, cesso. Olhos na janela. A impessoalidade deste meu uniforme. Não sei como te mostrar isso. Não sei como dizer que te amo. Não sei como dizer que ainda sou um personagem, e que ainda estou em teste. Não me teste, apenas. Mas teste, e aprove.
Testando…
I may be paranoid, but no android – Radiohead
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Amei essa crônica, estava procurando uma para o meu trabalho de português, e para falar a verdade eu nem li ela direito antes de começar a copiar, mas quando eu li percebi que ela se encaixa perfeitamente em um devido momento da minha vida, que já se passou
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oii, sou uma aluna do 9 ano
eu li pesquisando algumas cronicas jogadas por esse mundo virtual..gostei muito dessa cronica que passa durante a leitura como se fosse um robo, androide
mas no fundo com sentimentos humanos, nao vejo androides vejo o futuro da humanidade..
muito boa, continue
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Super legal!!! Nos leva a imaginar quem sabe em”futuro não muito longe”que a tecnologia permita que eventuais antroídes supliquem para serem aprovados do contrário deram que ser destruídos.