Corrosiva

Crônicas corrosivas e gestos de amor

4 Formas de Saber Se Meu Projeto Literário é Um Lixo

Ah, aquele sublime momento em que você precisa despir-se de qualquer autopiedade e destruir projetos literários que jamais deveriam ter existido.

Todos os bons escritores já foram escritores ruins (e até péssimos escritores). Com a prática, talento e aplicação de alguns princípios desenvolveram-se em exímios autores capazes de deixar você e eu cheios de inveja. Abençoado o momento em que cruzamos o portal, e deixamos de ser autores risíveis para sermos escritores respeitáveis.

Saber se projeto literário é um lixoO grande desafio é saber se já cruzamos esta linha divisória. Na dúvida se ainda é um escritor patético ou um já transmutado autor genial, a pessoa acumula projetos literários sem saber se devem ser reavaliados ou descartados.

Assim, pergunte-se: como saber se o manuscrito que guardo na última gaveta da escrivaninha deve ser aproveitado ou simplesmente jogado no lixo?

Vamos analisar 4 sinais que indicam se nossos projetos literários ainda merecem uma chance de existir ou se já passou da hora de virarem cinzas.

Você Sente Náuseas ao Ler o Que Escreveu

Ok, pode não chegar a tanto, mas sabe aquela pontada de embaraço que às vezes sentimos quando lemos um texto antigo? Entenda: não estou falando da frustração diante de uma obra que você sabe que pode ser melhor. Esta autocrítica é importante para melhorar uma obra e criar livros mais interessantes. Estou me referindo à vergonha por ter sido capaz de escrever aquilo que está próximo de uma abominação. Se acredita que seu trabalho é realmente horrível, estando além de salvação, independentemente dos reparos que possam ser realizados, talvez você devesse confiar no seu instinto. Não estou dizendo que esta avaliação sempre será confiável, mas no mínimo, deve ser usada como critério inicial para determinar se o projeto literário deve ou não ir para a privada.

O Projeto Piora Após Uma Pausa

Há projetos que exigem demais de nós, devido sua complexidade e intensidade. Nestes casos, é importante “dar um tempo” para que possamos respirar e recobrar novo fôlego. De modo geral, quando retomamos o trabalho após esta pausa, costumamos ser menos críticos. Aquilo que era “ruim” passa a ser “suportável”. O que era “suportável” pode até mesmo se tornar “bem legalzinho”. Isto também acontece com muitos relacionamentos humanos – a distância faz percebermos certos valores que nossa visão torpe não notava.

No entanto, se após uma pausa (dias, semanas, meses) você reler sua obra e ela parecer ainda pior… você tem picador de papel por aí? O botão “Delete Para Sempre e Nunca Mais Me Importune” também serve.

Os Elogios Que Recebe São Suspeitos

Elogios suspeitos para seus livros

Os leitores tem um verdadeiro dicionário de opções para definir um livro ou um texto. E em meio a este manancial de palavras, podem escolher aquelas que dizem que nossa obra literária é terrível, sem ao menos usar palavras ofensivas. Cabe ao escritor perceber o que estes “elogios” querem realmente dizer.

Um dos termos mais corriqueiros para definir um texto pobre é a palavra “interessante”. Você posta um artigo em seu blog literário, e recebe alguns comentários. E entre eles, diversos “interessante”. Bééééé… (sinal de alerta indicando perigo na fábrica).

É evidente que receber ocasionalmente um ou outro “interessante” faz parte do ofício. Shakespeare também já foi elogiado assim. No entanto, quando diversos leitores utilizam estas palavras para definir um texto seu, muitas vezes descrevendo-a com apenas uma palavra, seu alarme deve começar a soar.

O escritor medíocre não consegue perceber as entrelinhas e pode fatalmente suspirar de encanto diante de um elogio que não passa de uma crítica disfarçada.

O Protagonista é Intragável

Sua personagem principal é sua maior aliada em escrever um bom livro. No entanto, se ela deixa a desejar, tenha a certeza de que ela irá sabotá-lo. Mais cedo ou mais tarde, você perceberá que todo este tempo estava criando uma cobra que não perderia qualquer oportunidade em trai-lo. Ainda que seu projeto possua outros elementos atraentes, como uma boa narrativa, se o protagonista for intragável não há qualquer possibilidade do livro se tornar uma boa obra.

Há alternativas viáveis para corrigir este problema. Fazer mudanças abruptas na personalidade da personagem é uma delas. Eliminá-la por completo e dar vida a outro protagonista, é uma outra possibilidade. Agora, se sinceramente acredita que estas duas opções são inviáveis, então, é hora de desistir do trabalho e começar outro projeto do zero.

41 Comments

  1. Tony

    at

    Alguém para analisar de forma sincera o começo da minha narrativa? Ficaria agradecido. Podemos trocar experiências também, seria algo muito maravilhoso.

    Ps: é minha primeira história.
    Email: tonyesau2107@gmail.com

  2. Victor Jr.

    at

    Acho muito legal um site com esta abordagem, parabéns. Confesso que me surpreendi com a quantidade de pessoas desejosas de escreverem um livro. Só tenho, se me permitem a ousadia, um pequeno questionamento. Marinheiros de primeira viagem normalmente enjoam. Então por quê não começar devagar?Um livro é um treco imenso pra quem ainda não escreveu um conto, por exemplo, uma crônica, e tem dificuldades de organizar a narrativa, encadear as cenas, as personagens. Em outras palavras, a dificuldade é grande se a pessoa ainda não se habituou com o prazer ou os percalços da escrita. E um livro é uma escrita de longa duração. A possibilidade de se desistir é muito grande. Agora, começando devagar, por meio de um conto, talvez, recomendo porque é minha praia, facilita, acredito, ir passo à passo e aprendendo pelo caminho. Fica mais fácil tropeçar numa pedrinha, levantar e seguir em frente do que ter que escalar uma rocha. Fica registrada a opinião.

  3. Junior

    at

    Será que esta dica vale para o caso de uma estória verídica (contada em primeira pessoa) que convida o leitor a fazer reflexões sobre a forma como se relaciona?
    No meu caso o livro tem duas personalidades principais e reais que acredito ambas são bem incomuns: uma é uma pessoa extremamente sensível e bastante sincera e a outra é extremamente falsa e insensível (uma pessoa manipuladora). Imaginei se é preocupante mesmo pensar se esses personagens podem ser tragáveis pelo público alvo, pois a maior preocupação durante a escrita era falar com sinceridade, e não só escrever o que os outros vão gostar.
    O texto do livro na verdade começou com anotações que fiz em um diário eletrônico, sobre algo muito novo e alegre que estava acontecendo (mas não se trata apenas disso). Pensei que através das anotações eu poderia lembrar os fatos depois e talvez escrever um romance. O sonho que estava sendo vivido no entanto se transformou em um pesadelo e a partir daí o projeto mudou bastante. Vi que jamais poderia ser um romance, mas talvez um drama, ou um livro reflexivo. No meio do projeto teve uma depressão profunda e achei que isto sem dúvida deveria ser parte da história. Eu percebi que eu, apesar de deprimido, também fui capaz de entrar num profundo estado de reflexão, o que me levou a registrar ainda mais ideias relacionadas ao tema principal do livro, que é a falsidade, e até mesmo a hipocrisia existente na maioria esmagadora de nós (eu finalmente acreditei nesta verdade que eu também nunca quis acreditar).
    Aos poucos tive muitas surpresas bem desagradáveis, mas estas me levaram a conhecer verdades ofuscadas até mesmo sobre minha própria pessoa, durante a vida toda.
    Imagino que há verdades que até assustam ou estranham o leitor (não vou citar aqui claro), e que muito provavelmente não tornam o meu personagem principal tragável. Mas um livro que conta algo real não deveria corromper esse personagem e sua verdade só pra torná-lo mais tragável e, quem sabe, um sucesso, certo? Será que o personagem tragável e o sucesso (de vendas ou de procura?) é mais importante do que revelações e pensamentos sinceros de um personagem incomum, real, sincero mas muito provavelmente intragável? Será que a ideia do personagem tragável é mais importante do que a sinceridade? Os famosos contos de fada que passamos de geração em geração têm personagens tragáveis, certo? Eles são mesmo mais importantes do que aquelas versões originais que são até bizarras, porém realistas e sinceras?
    Aconteceu muita coisa em 2015 e foi ao longo deste tempo que revelações chocantes (pelo menos pra mim), certezas e ideias foram sendo escritas. Por isso não quis abandonar a história. Como se trata de algo verídico, espero que o tempo ainda traga alguma solução, algo feliz ou, quem sabe, algo mais surpreendente, antes de por um ponto final no livro. Até tenho um final, mas tudo o que consegui fazer até o momento o deixa constrangedor. Se fosse só assustador acho que já seria bem melhor.
    Até o momento o tempo apontou evidências de que um dos dois personagens principais – provavelmente, a “pessoa maravilhosa” citada no começo da história é alguém com uma mente psicopata. Não posso de forma alguma afirmar algo sem ter certeza (no momento só teve suspeita). Quem sabe o tempo ainda me dê alguma informação mais interessante antes de por um ponto final nisto.

  4. Ricardo Alves dos Santos

    at

    Oi, não sou escritor profissional, mas gosto de escrever. Gostaria de fazer parceria com alguém que saiba escrever bem, o que não é meu caso, Sou bom em adaptações, de preferência biografia romantizada. Se há interesse ou se souber de alguém, meu e-mail é ricalvsan@hotmail.com. Tenho projetos de obras literárias, mas não consigo finalizadas.

  5. *Haru

    at

    Tenho 12 anos e tenho uma paixão eterna por livros e animes. Estou escrevendo uma história com mais duas amigas e como somos “um pouco” fora de órbita, já estamos com o olho no futuro: queremos dar um jeito de “morfar” essa história em um anime. Pergunto: dá pra fazer isso e se der, vale a pena????

  6. pedro vicente

    at

    É a primeira vez que posto neste blog e, alem das dicas que nos ajudam como escrever um livro, concordo com a alerta do amigo Pedro Carvalho. Cada individuo deveria postar uma historia para que nos sirva de exemplo pratico.
    Vou ser o primeiro arriscar e deixo sob vosso julgamento. eu como sou angolano vou escrever sobre a realidade social do meu país…

    … Luanda, mil novecentos e pouco. Manico , um jovem de quase trinta anos de idade, altura media, negros mestiço, magro com boa aparência. Mergulhado no desemprego por falta de uma formação académica aceitável.
    Numa manha de segunda feira, Manico decidiu ir a procura de emprego e meteu-se percorrer as ruas da cidade, cidade agitada vendedores ambulantes de uma lado ao outro tentando atrair clientes a todo custo, um engarrafamento infernal próprio do dia dia.
    Manico chegou a auma paregem de autocarro, paragem super lotada de gente esperando pelo transporte mais barato. quando o autocarro parou, via-se uma tremenda luta na porta de entrada, ‘ quem será o primeiro a entrar? ‘ Manico no meio da confusão é empurrado p’ra esquerda e pra direita, quando tentou entrar puxaram-lhe p’ra fora de novo, mas Manico não se deixou fez força daqui fez força dali empurrou este empurrou aquele e, conseguiu entrar mas não encontrou acento foi obrigado a fazer a viagem em pe. a enchente no autocarro era demasiado, o sol já estava acorda espalhado por toda luanda, lá o autocarro enfiou-se no meio do engarrafamento e seguia.
    Numa das paragens a seguir entrou no autocarro um suposto pastor com uma bíblia sagrada. Alto, magro, camisa amarrotada, sapatos furado, gravata incolor.
    – Aleluia povo de deus. – Saudou
    Poucos responderam a saudação do pastor e mesmo não sentindo satisfeito repetiu a saudação com mais força.
    – ALELUIA POVO DE DEUS.
    ” Améééééénnnnn” – Uma grande maioria respondeu.
    Abriu a biblia no livro de salmos…
    – Prezados irmãos, espero que estão a ter uma boa viagem, apesar do sol ardente do calor que nos aflige e do engarrafamento. O senhor proverá uma terra num furo breve, está escrito.
    Um dos passageiro sentiu-se incomodado com o discurso do pastor e disse:
    – Essa hora de manhã e p’ra fazer barulho no autocarro! invés de ir trabalhar não! isso deve ser ser maluquisse…
    Havia uma senhora idosa de lenço branco na cabeça que ouviu as palavras do jovem e retorquiu:
    – Meu jovem cada um faz a sua obra, vce não pode julgar quem julgara é o senhor. geremias também foi chamado de maluco. ouviste?!
    – Minha senhora não falei pra ti, está bem ? -O jovem
    – Mas tens que saber falar.! – A senhora
    – A senhora está armada em defensora -O jovem
    A senhora entendeu vassoura.
    – O qué!… eu sou què !.. sou vassora?! Já durmi contigo?! – A senhora frustrada.
    – A senhora deve estar com azar. a senhora entendeu mesmo bem?! – O jovem tentando justificar
    – Eu também tenho filhos grandes, não te enganes porque estou andar de autocarro. Cuidado! – a senhora.
    Enquanto a senhora e jovem discutiam alguns gritavam : ” Le dá já uma chapada, estar friar, outros assobiavam….

    Paro por aqui, fiquei se inspiração . .. estou entregue a critica.

  7. Undiscover

    at

    Talvez eu tenha algum tipo de deficiência mental, mas eu quase me mijei rindo desse texto. Vc usa palavras muito engraçadas e de uma forma muito criativa. Adorei a postagem.
    Estou acompanhando seu blog, mas é minha primeira postagem aqui rsrs

    • Francisco de Assis Dorneles

      at

      Undiscover, quero te perguntar sobre o que você acha em publicar trechos de um livro que se esta escrevendo num blog. Uma vez que penso em tentar transformar os meus escritos num livro de verdade. Te confesso que será uma distopia com mais páginas que imaginava.
      Tenho boas ideias para serem colocadas, não nego a influencia do Jogos Vorazes, mesmo sendo original e totalmente diferente a temática.
      Mas se no fim de tudo eu conseguir fazer um bom trabalho, como algumas pessoas já me falaram, posso ter a negação de alguma possível editora. Ou mesmo de algum concurso literário que poderia me escreve.
      Estou gostando muito do que estou escrevendo, tenho um pouco de conhecimento em História,e, de uma forma ou de outra, estou adaptando alguma coisa na narrativa.
      Mas é isto, publicar alguma coisa ou não. Sei que escrever é um ato solitário, mas divulgar talvez seja interessante.
      Abraços, Francisco.

  8. Francisco de Assis Dorneles

    at

    Fiz apenas uma monografia na vida, mas sempre quis escrever um livro. Agora chegou este momento, estou escrevendo uma distopia futurista. Bom, como nunca escrevi sou suspeito de dizer se terá futuro ou não. Mas penso grande, sonho em ter sucesso, ficar famoso. Mesmo sabendo que possa ser uma mera fantasia da minha vontade interior. Mas porque não entrar nesta onda e viajar…. Já me identifico com alguns personagens. Mesmo sabendo que seja um caminho de descoberta, de tentativa de saber aplicar a escrita, de reconhecer os meus limites. O que esta escrevendo e reescrevendo para tentar ficar um pouco melhor, é sobre uma distopia de um Brasil pós apocalipse climático. A exemplo do mundo, a nossa nação sofreu com o alagamento dos mares, a nossa geografia mudara, a política também. O título do livro será: O MENSAGEIRO DO PLANETA GELADO. A nação verde-amarela vive o fenômeno das Megalópoles, grandes metrópoles que se fundem , e dentro destas se desenvolvem novamente a tecnologia. O Brasil vive um Estado totalitário científico . E dentro deste cenário, São Paulo, a nova capital federal, anexara a seu território o que sobrara do antigo Estado do Rio de Janeiro. O livro terá uma narrativa que volta no tempo, quando um personagem misterioso, uma criança, surge do nada numa estrada, esta nu….. A estoria se inicia com ele jovem vagando pela Megalópole paulista. Em resumo no enrendo temos um extraterrestre de um planeta gelado e por ai vai…. Como disse , estou escrevendo aos poucos, preciso de inspiração para saber amarar a trama. Nem tudo esta construído no que idealizo. A medida que vou escrevendo vou buscando caminhos. Abraços, gostaria que comentasse se é interessante este enredo. Não falei tudo, prefiro escrever e depois tentar publicar se tiver qualidade.

  9. claudinei ribeyro

    at

    bom estou trabalhando sobre um romance,e é meu primeiro trabalho,

  10. Amanda Alves

    at

    Gostaria que falasse mais sobre “O Protagonista é Intragável”. Acredito que o protagonista seja importante para a obra. Mas ser intragável pode ser um boa característica no geral como anti-herói. Li romances com protagonistas intragáveis que caracterizaram suas obras justamente por isso. Meu ponto é, se for bem escrito acho que até a pior personalidade do protagonistas por ser “interessante” no sentido de “tirar do conforto”. Sabe, nunca recebi um “interessante” mas se vier a recebe-lo perceberei que escrevi algo novo. Que estou tirando da zona do conforto literária atual, que reflete bem a psique social geral atualmente. Receberia não como um elogio, mas como uma referencia. Me situaria. Realmente achei muito útil tudo, a parte técnica que você oferece. No entanto espero ansiosa para saber sobre a parte emocional que envolve criar um livro. Ter o poder de escrever, dar e tira vida e toda a poesia clichê que conhecemos. Gostaria de saber o que acha sobre isso. Ávida por resposta ;) ASA

  11. Israel Araújo

    at

    Olá,

    Já estou no capítulo 7 do meu livro e nos últimos dias estou meio desanimado com meu projeto. Isso é normal ?

  12. VAGNER

    at

    Eu escrevo crônicas, gosto desse estilo. Mas me tornar um escritor, lançar livros já não sei. Não é bem o que planejo para meu futuro, apesar do que eu faço hoje, não foi o que planejei no meu passado. Mas gosto sempre de estar aprendendo. Em relação aos elogios, sim, recebo muitos, e sim, sei que alguns não são verdadeiros. Mas faz parte. Gostei do site. abraços.

  13. Pedro Carcalho

    at

    O mais legal após ler um texto deste, é ler os comentários, e descobrir o impacto que o artigo causou.
    Vejo que, assim como eu, exitem diversas pessoas apaixonadas pela leitura, já desejando passar de simples consumidores para autores. Nunca cogitei a hipótese de acertar de primeira, mas também nunca cogitei ser um eterno fracassado.
    Gostaria então, de que as próprias pessoas que leem e comentam seus artigos, possam contar um pouco da sua história, sendo sucesso ou fracasso, não importa o desfecho. Estou a procura de exemplos, de que meu sonho possa ser realidade para outra pessoa, me encorajando a seguir em frente, Obrigado,

    • edwanya

      at

      Pedro, assim como vc, eu também não quero me definir como “eterna fracassada”. Tenho alguns projetos abandonados, alguns porque achei que não eram bons o suficiente, outros porque os esqueci e perdi o fio da trama. Estou tentando um novo, um romance, mas, é muito difícil mesmo. Já disse algumas vezes que dessa vez não vou desistir, espero cumprir com isso e ter o orgulho de ver o trabalho pronto. Abraço e não desiste.

    • Christian Thomsen

      at

      Caro Pedro.
      Também estou “curtindo” os comentários.
      Ver uma criança de 11 anos aconselhar outra com a mesma idade é, no mínimo, interessante (brincadeirinha).
      Menino que sou, apenas 46 anos, vejo com muita alegria o interesse pela escrita.
      Também estou pensando e escrever um livro.
      Trata-se da biografia dos meus pais. Pai dinamarquês, mãe sueca e eu, quase um baiano.
      Vou falar de dois pontos curiosos que a geração do meu pai desconhecia.
      Paralelo ao desejo de escrever, faço um trabalho (é mais um hobby) de pesquisar e montar a árvore genealógica da minha família.
      Começou, claro, perguntando ao meu pai o nome dos tios, avós, bisavós e agregados.
      Desse “levantamento” meu pai indicou a pesquisa num site dinamarquês que escaneou e publicou cópia dos livros de registros cartorários de igrejas.
      Estou falando de 1900, onde não haviam cartórios e quem fazia esse serviço eram os padres e pastores religiosos.
      Eis os fatos, de forma reduzida: na pesquisa que fiz nesses livros, eu descobri que meu bisavô mudou o sobrenome da família de Sørensen para Thomsen (ainda bem!!!).
      E outro, ao contrário do que todos os irmãos do meu pai, inclusive ele pensavam, ao invés de 8 tios, eles tiveram um nono que faleceu 3 meses depois de nascido. Para intrigar mais ainda, era homônimo do meu avô.
      Portanto, são curiosidades como essas, e outras que estão na “cachola” do meu pai que me incentivam a escrever a biografia da família.
      Servirá, assim espero, como registro para minha filha no futuro.
      Plagiando um pouco os desenhos do passado, “That’s all folks!” .
      Um forte abraço.

      • Christian Thomsen,

        Não é para te desanimar, mas biografia não é tema bem visto nas editoras.
        Quando for publicar pode ir direto par uma editora pequena que possa
        imprimir a partir de 50 exemplares. Fica mais em conta, já que este tipo
        de material não vende mesmo.

  14. Chico assis

    at

    Bom dia quero escrever um livro baseado em fatos reais, estou desempregado e isso é um sonho antigo tenho o nome do livro, uma família por trás das grades. é a história da minha família com meu irmão que esta na prisão. E não sei por onde começar pode me dar algumas dicas?

  15. Daniela Costa

    at

    Gostei muito da dica…

    Bom, eu tenho muita vontade de escrever um livro, mas sei lá, fico com um pouco de medo…
    Mas eu escrevo fanfic e recebo vários comentários… Mas as minhas fanfic são de personagem de seriados… Veja bem, estou escrevendo duas fanfiction, uma está com 20 capítulos e tem 188 comentários e a outra está com 9 capítulos e tem 50 cometários, sendo que ainda falta as outras leitoras deixarem os seus comentários. Eu recebo elogios como: eu adorei, posta mais, posta logo, ansiosa para o próximo… Coisa desse tipo…

  16. Talita Mendes

    at

    Olá, td bem
    Gostaria de saber se posso escrever um livro sobre o que eu acho e sinto da vida
    E se sim, como é que faço Escrevo na folha e levo para a editora

    Muito obrigada !!

  17. Adriano Soares de Carvalho

    at

    Tenho onze anos e gostaria que vocês pudessem me ajudar a como escrever um livro bom que deixem os leitores intrigados, impressionados, curiosos. Me ajudem.

    • Augusto Pitilin

      at

      Tenho essa idade também,procure ser detalhista e criar suspense,mesmo que mínimo(se suas dificuldades não forem essas,desculpe,pois são as minhas), se você reparar,nessa idade somos bons com “piadinhas”, tente usá-las,pois um livro sério,na nossa idade,vai criar uma dificuldade enorme!Você já escrevia?Pois se não,treine, a escrita precisa de treino,comece aumentando seus textos,depois vá para fanfictions, e depois,se realmente amar escrever(os processos anteriores vão testar seu amor por escrita) você pode criar seu livro(isso é uma opção,que te treinaria e prepararia,melhorando assim a escrita)

  18. Márcio

    at

    Muito gratificante todas as dicas concernentes ao trabalho da escrita literária. Bom, não sou jovem, porém estou preparando meu primeiro projeto literário aos 44 anos. E sem dúvida todas as dicas são bem vindas pra quem está começando a descobrir novos horizontes… Pra se chegar ao topo da montanha, tem que começar os primeiros metros de subida… então desejo boa sorte a todos e perceverança, pois sem ela fica difícil. Obrigado!

  19. vinicius cardoso

    at

    Muito bom .Estou na pretensão de iniciar um projeto,e tudo que li aqui só me fez aumentar em muito meu desejo de continuar a querer…
    Um Abraço!

  20. Patricia

    at

    Boa tarde!
    Obrigado pelas dicas, estou iniciando um projeto e suas dicas estão ajudando muito.

  21. Juliano Mattos

    at

    Olá meu xará! Parabéns pelo site! Ele é de grande utilidade.

    Gostaria de pedir uma opinião acerca de um livro que estou escrevendo chamado Praga. Ele é autobiográfico e é baseado nas experiências que tive na capital da República Tcheca durante dois anos e meio vivendo lá como estudante, como artista e como…boêmio. Bem, encontro-me um tanto travado devido a dois pormenores: o primeiro incide sobre a narrativa. Comecei escrevendo em terceira pessoa e quando cheguei ao terceiro capítulo (quase 100 páginas), resolvi substituir a terceira pela primeira pessoa por achar não apenas que assim o meu texto flui com muito mais velocidade, intensidade e para tornar a narrativa mais pessoal e íntima (acho que me influenciei por Kerouac), mas também porque o nível de detalhismo que eu estava desenvolvendo tornou-se preocupante. Cheguei próximo a uma centena de páginas apenas com a descrição dos quatro primeiros dias da minha aventura em Praga. Comecei a detalhar tudo; cada pessoa, cada rua, cada local passado e cada pensamento. Depois de uma conversa com o meu irmão, percebi que precisava enxugar o texto e recorrer à síntese, mas por algum motivo a narrativa em terceira pessoa começou a travar e deixou de fazer muito sentido sem os detalhismos. Atualmente encontro-me reescrevendo as páginas já produzidas e tentando diminuir os primeiros dias da história para que eles não ocupem um espaço tão destacado em relação o que vem a seguir. Se fosse apenas um projeto pessoal, talvez não fosse grande problema alongar-me tanto, mas como tenho pretensões de apresentá-lo a uma editora, acredito que devo equilibrá-lo. A opinião que peço é exatamente sobre essa questão do equilíbrio temporal, porque me parece estranho ter um capítulo de 40 páginas sobre apenas um ou dois dias e depois ter outro do mesmo tamanho sobre semanas ou meses inteiros.

    Além de Praga, estou escrevendo outros dois projetos literários, também autobiográficos, e este site é uma grande ajuda. Muito obrigado e um grande abraço.

    • Juliano Martinz

      at

      Juliano, muitos jovens escritores costumam ser demasiadamente detalhistas no início de um projeto, talvez pelo ânimo e intensidade iniciais. No entanto, com o passar dos dias, a tendência é diminuir esta intensidade, e a síntese passa a caracterizar a escrita. Este tipo de variação é perigosa: pode transmitir a ideia de amadorismo. Sugiro que mantenha uma coerência ao longo do livro. Evidentemente, haverá capítulos que exigirão um detalhismo maior – mas serão algumas exceções e estarão dispersas ao longo de todo o trabalho.

      Desejo-lhe sucesso. Forte abraço!

      • Juliano Mattos

        at

        Muito obrigado pela resposta. Vou ficar atento à dica. Com a revisão, os capítulos ficaram mais enxutos, agora é tentar manter a sobriedade e tentar encontrar equilíbrio entre a síntese e o detalhismo que, evidentemente, será necessários em várias passagens.

        Um abraço!

  22. Caroline Jacão Badolato

    at

    Valeu pelas dicas, e acho que meu livro está de acordo com as regras para a publicação e envio, e creio que não apresenta nenhuma das características ruins em relação a obra. Estou feliz por ter alcançado meu objetivo!

  23. PAULO ROM

    at

    Boas e vigorosas palavras. Aplicá-las-ei em meus trabalhos.

  24. Dora Godoy Corrêa

    at

    Gostei das dicas. Vou observá-las. Obrigada.

  25. Rosimara Vianna

    at

    O que me pergunto é por que há tanto texto interessante publicado?
    Desde artigos até obras tidas como literárias. E mais, ouço explanações contundentes sobre textos que julgo meramente interessantes.

  26. Boas dicas, Juliano, porém, penso que a falta de vocabulário de quem comenta os textos alheios diz respeito a si próprio e não necessariamente ao que se lê. Todo autor (de verdade), creio eu, é meio underground, tem seu valor real, no entanto, precisa das críticas qualificativas, só que possui um público nem sempre honesto e generoso nos elogios para julgar seu trabalho. Abraços,

    Dani.

  27. EDSON

    at

    Legal, dicas de muita utilidade no meu primeiro trabalho!!

    • Leila

      at

      Interessante!! Brincadeirinha… As dicas foram muito boas. Já publiquei meu primeiro livro e estou ensaiando a criação de outro. Estou me cercando de toda informação possível para realizar um bom trabalho. Muito obrigada.

      Leila Bomfim

      • Qual o nome do seu livro porque quero saber mais a respeito…

      • Claudio

        at

        Boa Tarde, Leila Bomfim, você já publicou um livro? que interessante.
        Eu estou escrevendo um romance.
        Como vc fez para publicar?Teve algum apoio?

    • Mariana

      at

      Pois é. E EU q to aqui entre oito historias e nenhuma comcluida?

  28. Luna

    at

    é… importantes alertas… linda semana

  29. Fernando Paixão

    at

    Interessante. É! Na real quando os leitores comentam um texto com palavras simplistas, é porque esse texto não agradou muito, porém, eles por se sentirem convidados a comentarem o textos escrevem um elogio desfaçado de critica. Há alguns quem deixar um comentário mais elaborado, no entanto mais destrutível, eles deixam vários comentários prontos em uma página em word e por fim Ctrl A+ Ctrl V, esse, no meu ver, é o pior comentário que um texto pode receber.

    Att
    Fernando Paixão

    • Cissa

      at

      Estou ensaiando escrever um romance inspirado em fatos reais, no entanto, a emoção sempre me trai.
      Estou pensando em contratar alguém para me ajudar. Será que funciona?

Deixe um comentário

Your email address will not be published.

*

© 2024 Corrosiva

Theme by Anders NorenUp ↑