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Essas Coisas do Coração

São essas coisas sobre as quais eu pouco entendo. Todo esse universo humano, essas condecorações, um filme inédito visto e revisto um milhão de vezes. Se não entendo, tampouco deveria falar. Como quem discursa sobre a saudade daquilo que ainda espera conhecer. Como o insano discursando sobre a sanidade de outrem.

Mostre-me um cara que acredita piamente na própria imagem no espelho, e te mostro um lunático que deveria estar dentro de uma camisa de força. São essas consecuções, essa busca por um prato de desentendimentos. E quem haverá de entendê-los? Ela ama quem a faz sofrer. Ele ama quem nunca soube de sua existência. E neste ínterim, alguém se olha no espelho e diz: “Eu acredito em você!”

Meu coração é como o universo – está em expansão. Mas às vezes se encolhe. Retraído, insatisfeito, desacreditado. Os olhos dela dizem tanto, mas ao mesmo tempo, ainda buscam por um vazio que gela minha espinha. Por onde fomos? Para onde iremos? Ainda acredito que teríamos tido uma chance, se tivéssemos nos conhecido bem lá, onde nascem o vento, os versos e textos românticos. De onde sopram sonhos. De onde resmungos são distanciados por uma lufada qualquer.

Realmente, são essas as coisas do coração. Sobre elas, pouco entendo. E se não entendo, sobre elas tampouco eu deveria falar.

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