Sou um mutante tectônico. Uma tribulação interna que traz erupções cutâneas capazes de gerar mudanças climáticas, movimentos sísmicos. Um casual olhar orogenético, favorável ou com desfavor, e temos uma nuvem de pó e destroços.
Sou um mutante tectônico. Meus passos rastejantes deixam rastros aleatórios de destruição. Meus respirar provoca ondas sonoras que alteram as marés. O som da minha voz corrompe notas musicais e arranca seus suspiros ofegantes. Meus sentimentos são tempestades que assolam estruturas, pavimentos e esperanças.
Sou um mutante tectônico e já dei a volta ao mundo. Mas, retornei ao ponto de onde parti. Quando aqui cheguei, percebi que nada sobrou. Por onde passei, com meus passos, respiração, palavras e sentimentos exterminei vida e concreto, suspiros e proporções.
Como último ser de pé, decidi então olhar para mim mesmo. Uma aniquilante autoanálise. E quando me encarei, meu olhar decepcionado fulminou uma explosão interna que me despedaçou. Órgãos e peles atirados ao vento, convertidos em cinzas, misturados ao pó. E aqui passei a jazer.
Eu era um mutante tectônico.
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Ameii dmsssss,vou usar pra fazer um trabalho do 7 ano
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Eu adorei sua crônica!
Vou trabalhar com ela com meus alunos 6º ano de uma escola municipal aqui de minha cidade. Acho que eles vão gostar.
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Quem e o autor dessa crônica?
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Olá Sophia, todas as crônicas da Literatura Corrosiva são de minha autoria: Juliano Martinz.
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Oi, eu queria saber qual e o tempo da crônica
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Gostei dessa crônica eu só tenho onze anos de idade mais eu exploro varias crônicas esse foi o que eu mais gostei parabéns adorei 👏🏽👏🏽👏🏽
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Obrigado pela visita e pelas palavras elogiosas, Camila.
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olá, boa noite. eu estou fazendo um trabalho com sua crônica mas n sei
quando vc postou essa crônica …dia , mês , e ano
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Olá Jamylly. A crônica “Eu, Mutante” foi escrita e postada no dia 17/08/2017. Espero que se dê super bem no seu trabalho!
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Foi você que escreveu?
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Sim, Carlos.
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Gostei das analogias, às vezes poéticas, tanto podem ser comparadas as mudanças ocorridas no corpo dos adolescentes, como as mudanças advindas da maturidade que nos lega a experiência e o choques com a realidade. Parabéns!
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Destruir e se destruir… boa!