Meu jogo, minhas regras
Alienado, posteridades e reminiscências, onde estou já não me serve mais. Esta mesa. Este silêncio. Este jogo de cartas marcadas. Dado momento, dados saltitando sobre a mesa, entre névoas de lembranças mal resolvidas. Eu jogaria meu coração num liquidificador, e assistiria satisfeito ele ser despedaçado num escandaloso vermelho girar e girar sem fim.
E você acreditou que eu precisava ser reafirmado. Como se um aval coletivo me convencesse de uma existência pobre e funesta. Em meio a noites tempestuosas, preso nesta camisa de força, salivando espumas, salivando comos e porquês. Mas acredite, a forma para me livrar de tudo isso foi desenhada na parede.
A mesa foi virada. Derrubei jogadores, revelando cada um com ás em suas mangas. Pronto para conquistar a liberdade, pronto para cuspir nos traidores. Vomitando a loucura plantada em meus intestinos. Engolindo orgulho e engasgando com as cascas.
Espante-se. Aqui é meu mundo. E aqui sou eu quem dou as cartas. Meu próprio jogo de cartas marcadas. Um ás em minha manga. Um plano em minha mente. Uma impactante literatura e pânico para o jantar. E do lado de fora, jogadores surpreendidos correndo atrás da próxima vítima. Procurando campos que possam conquistar.
Mas, não aqui, baby. Nunca mais aqui.
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