Feito fel, apazíguo horas insólitas. Brigo por teu abrigo. Um rosto cálido na multidão. Feito horas, o segundo que me olhas é o instante que te elejo perfeição. Feito sol, te persigo toda a terra. Desde o leste, feito outrora. Feito a lua, te espero noite inteira, vida toda, vida beira. Aguardo que me ensine tua casa. Me traduza teu abrigo. Num risco somente nosso, e contradigo teu castigo.
E o que fazer quando as palavras se recolhem, tímido toque? Que pensar, que dizer ainda que tão pronto a se arrepender? Dizer te amo só por dizer é como quebrar promessas, desdizer acordos. Conversar dias, ou conservar frias vãs palavras. Ainda assim, posso te amar se deixares a porta aberta. Posso compor tua vida melhor, ecoar tua vida em ré maior. Deixar em pó os muros que te cercam. Te envolver num abraço e dizer, um sussurro estancado no grito: chore agora, porque amanhã não terás mais motivos.
Eu só queria envelhecer… Apenas me deixe envelhecer e voltar a ser jovem ao teu lado.