Corrosiva

Crônicas corrosivas e gestos de amor

Desafio: Você consegue diferenciar uma crônica minha de uma gerada por IA?

Muito se fala sobre como as IAs estão dominando tarefas humanas. Elas escrevem textos, criam imagens, atuam em diagnósticos médicos, e por aí vai.

Bem, elas também escrevem crônicas que podem, quem sabe, enganar qualquer leitor. Será mesmo?

Hoje, lanço um desafio: você consegue diferenciar uma crônica minha, escrita a partir das inquietações e alegrias humanas, de uma criada por inteligência artificial?

Preparei duas crônicas: uma é minha, outra da IA (sem qualquer edição). A pergunta é simples: qual crônica foi escrita por mim?

Aceita o desafio? Leia as duas crônicas e responda qual é a minha. Vamos ver até onde vai a diferença entre o humano e o sintético.

Será que o humano e o artificial se confundem tanto que você vai se perder no meio? Estou curioso para saber.


Crônica 1 – A Última Parada

Acordou sem pressa. O dia prometia ser longo, como todos os outros, mas sem a mínima expectativa. Na janela, o sol nascia sem entusiasmo, como quem cumpre uma tarefa sem sentido. A cidade parecia se arrastar, assim como ele, engolido pela rotina.

Saiu de casa sem rumo. O café na padaria estava frio demais para ser lembrado. As ruas estavam cheias, mas ele mal via as pessoas ao seu redor. Apenas corpos e sombras, cada um carregando seu próprio vazio. Ele não sabia o que procurava, mas também não acreditava que encontraria algo.

Passou por horas assim, até chegar à estação de trem. Não sabia para onde os trilhos o levariam, mas subiu no próximo. O destino era uma abstração, não mais uma promessa. Só queria sentir o movimento, a ilusão de estar indo em algum lugar, mesmo que fosse para lugar nenhum.

O trem partiu e ele se sentou na janela, observando o mundo passar. O som das rodas nos trilhos e o bater do seu coração estavam em sintonia. No fundo, sabia que não havia mais volta. E isso, de algum modo, parecia ser o único sentido.


Crônica 2 – O Incêndio

O incêndio começara enquanto ele assistia distraidamente à sua série favorita. Estava no último episódio da segunda temporada quando sentiu o cheiro de fumaça. Hesitou alguns instantes: estava diante da grande descoberta. Afinal de contas, será que Brian Miller era realmente um espião industrial?

O grand finale fez com que Alceu demorasse a sair correndo. E estes segundos de hesitação fizeram com que ele inalasse muita fumaça. Quando começou a tossir loucamente, percebeu que a situação era séria. O velho prédio estava em chamas. Mal conseguindo respirar, Alceu deixou sua série favorita para trás, saiu correndo do apartamento e desceu as escadas, enquanto ouvia gritos e as sirenes dos bombeiros.

Assim que chegou ao térreo, foi prontamente atendido pela equipe médica que acabara de chegar. Alceu estava em pânico diante da situação e chegou a pensar no pior, diante da dificuldade em respirar e pelo tanto que tossia.

Mas, mal sabia ele, que o pior ainda estava por vir: Brian Miller não somente era um espião, como também havia roubado os planos para construção de uma arma química capaz de devastar a inteira Nova York.


1 Comment

  1. gabe

    at

    acredito que a primeira seja escrita por um humano, o uso de expressões, o texto cria essa conexão com o leitor, algo que a IA por enquanto está muito raso, ela não expressa emoções tão fortes na escrita.

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