No dia de sua morte, Severina é fustigada pelo Sol impiedoso.
Severina teve filhos. Vários deles. Cada qual, um rumo na vida. Um virou doutor. Outro andarilho. E ainda outro natimorto. O restante, cálida sina de seres inanimados, jamais deu notícias.
Agora, a viúva Severina (viúva do último, mas abandonada pelo primeiro) rasteja suas pernas finas cambaleantes pelo árido sertão piauiense.
Antes que ela consiga chegar ao próximo vilarejo, Severina cai morta – um baque elegante de um corpo esquelético, escanzelado, no chão poeirento e inóspito.
Porém, antes do impreciso último suspiro, Severina tem um último pensamento inquietante: “Por que raios o nome desta crônica é Cassandra Vai a Roma”?
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