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Ponto de Vista da Terceira Pessoa – Onisciente e Limitado

A narração em terceira pessoa oferece a oportunidade de utilizarmos pontos de vista onisciente e limitado. Qual a diferença entre eles?

Quando escrevemos um romance ou um conto podemos utilizar diferentes pontos de vista. Estes nada mais são do que as perspectivas por meio das quais a história será contada: primeira, segunda e terceira pessoa.

Quando o autor escolhe narrar sua história utilizando a terceira pessoa, ainda precisa escolher entre dois pontos de vista: onisciente ou limitado.

Ponto de Vista Onisciente

Sob esta perspectiva, o narrador da história conhece todos os sentimentos e pensamentos das personagens.

Este estilo de narrativa abre um gigantesco manancial de oportunidades para o escritor. O narrador pode abranger sentimentos e tendências de personalidade que a própria personagem desconhece ou que se recusa a aceitar. Não há segredos para o escritor. Ele pode perscrutar o fundo da alma, abranger todos os detalhes, assumindo a estimada posição do que realmente é: criador da história.

Exemplo:

“Ele sofria como um tolo desde a despedida dela. Dizia para si mesmo um milhão de vezes que ela um dia voltaria. Mas no fundo, o idiota se obrigava a acreditar nesta imbecil fantasia. Afinal, era a única coisa que o impedir de estourar os próprios miolos”.

Ponto de Vista Limitado

Um ponto de vista limitado, por outro lado, permite que o narrador conheça intimamente apenas uma personagem. As demais são apresentadas unicamente de forma superficial. Pontos de Vista Limitados da Terceira Pessoa concedem maior liberdade do que a narração em primeira pessoa. Nesta última, o narrador se limita a descrever os pensamentos e sentimentos assumidos pela personagem principal. No entanto, narrando em terceira pessoa, sob o ponto de vista limitado, permitirá que o escritor exponha melhor seus textos reflexivos, abrangendo melhor os sentimentos, conceitos e falhas de personalidade que a própria personagem se recusa a admitir.

Exemplo (compare com o exemplo acima):

“Ele sofria como um tolo desde a despedida dela. Dizia para si mesmo um milhão de vezes que ela um dia voltaria. E gastava todos os segundos de sua vida alimentando esta esperança”.  

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