Corrosiva

Crônicas corrosivas e gestos de amor

Sonhos amarelos

Era apenas um tentar cuidar de si mesmo. Não mais do que um bestialógico tentar, já que cuidados paliativos não poderiam salvá-lo do caos. Magro, pálido, um somente estar amarelo – olhar amarelo, sorriso amarelo. Cuide-se, disseram as vozes em uníssono. Ele tentara ser alguém, tentara ser um herói, ator, cantor, influencer digital. E de tanto que tentara tentar, descontentou-se na estrada e perdeu-se em algum rio lamacento que outrora ousara chamar de “vida nova”.

Hoje, era uma alma desalojada, uma mente aleatória, um cérebro fustigado pela multiplicidade de sonhos que nunca foram alcançados, e que jamais deveriam ter sido sonhados.

1 Comment

  1. Claudia Beatriz Ruiz Diaz santos

    at

    a história é legal

Deixe um comentário

Your email address will not be published.

*

© 2025 Corrosiva

Theme by Anders NorenUp ↑