A pele adocicada de sua voz num timbre perigoso. Estanque, a vontade sôfrega de ficar ali mais um minuto. Ali, as vontades se perdem, se entrelaçam numa intensidade serena. Que faremos? Deixo-me guiar pelo seu olhar primaveril. Os silêncios escancarados se reorganizam em plenitudes órfãs, e refeito me contradigo em fala pueril. O canto da boca, o intento nos lábios, a ideia na mente que anseia gritar. Seu mundo mais uma vez. A primeira poltrona, contemplo tua cena numa dança vespertina, sólida semente da primavera por nascer. E para todo o sempre, mergulho infinito em teu sorriso abissal. Uma queda livre, um elevar eterno, e para sempre moradia minha.