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Hora Amor, Hora Paixão

crônica hora amor, hora paixão

Ela sentiu a brisa em seu rosto. Deslizou pele e cílios, refazendo cútis e poros.

Viva.

Mas ainda perdida.

Caminhou, caminhos escabrosos. Valas e vales. Vultos e vozes em um redemoinho hora amor, hora paixão. Ela sabia que levaria um tempo. Mas sabia que não poderia parar. Se parasse, estagnada eternamente pelo frio, elo hostil.

Há um grito sufocado em sua garganta. Há uma tempestade reverberando em seu coração. Mas ela acha que entre tantos sorrisos, um há de ser sincero.

O sol em zênite tentou aquecê-la. Derramou-lhe toques e sussurros rimados. E ela contemplou olhares que imergiam em luz e calor. Sorrisos lhe escaparam pelos lábios, e lhe diluíram renovada literatura. E o coração insistiu em ritmar aceleradamente.

Viva.

Mas ainda perdida.

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