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Crônicas corrosivas e gestos de amor

Diário de Manolo DDA I

Crônica humorística – Diário de Manolo DDA

Diário de Manolo DDA - Crônica Humorística

Infame Diário,

Hoje é quarta-feira, um pós-feriado. Não precisa ser um gênio pra perceber que isso me desanima. Meu humor já denuncia isso. Mau humor, ressalvo. E o que esperar de pós-feriados que sempre começam com a mesma perspectiva das segundas-feiras: uma semana inteira (ou o restante dela) de encheção?

Se você, bastardo diário, acha que sou um reclamão exagerado, deixe-me contar-lhe um pouco dessa quarta-feira que eu prefiro rotular como fossa.

Não acordei legal. Dores nas costas por causa da minha lordose. Ou seria cifose? Tem hipercifose também, não tem? Depois vou conferir no Aurélio. Eu sempre confundo esses prefixos. Vou me concentrar nos sufixos, então. Neles, eu me garanto. Minha “ose” me incomodava pela manhã. Levantei, tomei café e saí de casa. Ali já percebi que havia algo de errado. Toda aquela aglomeração. E eu assustado. O terapeuta psicótico diz que isso é síndrome do pânico. Tá bom.

Mas o pior estava por vir, patético Diário. Dentro do ônibus, a pior coisa com que já me deparei. A propósito, por que sempre te chamo de Diário com maiúscula? Viu? De novo! Que porcaria.

Onde eu estava? Ah, o ônibus. Aglomeração. Falta de ar. E então aconteceu. Aquela visão dos infernos. Era… era… o que era mesmo? Recapitulando. Eu entrei no metrô. Estava lotado. Ou não estava? Vamos tentar de novo. Vou até abrir um novo parágrafo para facilitar o fluxo de ideias.

Eu entrei no avião. Estava vazio e eu me sentia a vontade. Livre, leve, senhor de mim mesmo. Ali tive a impressão de que essa quarta-feira seria um ótimo dia. E não me enganei.

Afinal, eu nunca me engano, queridíssimo Diário.

1 Comment

  1. Laís Hariani

    at

    adoro minha nova paixão

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